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sábado, 23 de novembro de 2024

Corretor de gado, considerado um dos operadores do esquema de propina da JBS em MS, se entrega à PF

17/09/2018 20h04 – Atualizado em 17/09/2018 20h04

Corretor de gado, considerado um dos operadores do esquema de propina da JBS em MS, se entrega à PF

Dos 14 mandados de prisão da Operação Vostok, apenas o de “Polaco” ainda não tinha sido cumprido.

Por Ricardo Mello, Ricardo Freitas e Alex Mendes , G1 MS

O corretor de gado, José Ricardo Guitti Guimaro, conhecido como “Polaco”, se entregou na tarde desta segunda-feira (17), na sede na Políca Federal de Brasília. Dos 14 mandados de prisão da Operação Vostok, apenas o de “Polaco” ainda não tinha sido cumprido.

Ele estava foragido da justiça e é considerado um dos operadores do suposto esquema de pagamento de propina da JBS a integrantes e pessoas ligadas ao governo de Mato Grosso do Sul, em troca da redução de impostos. “Polaco” vai cumprir cinco dias de prisão temporária e será ouvido pelos investigadores do caso.

Neste domingo (16), após o fim da prisão temporária, treze pessoas presas durante a operação da PF em MS foram soltas. Entre os detidos, estavam o deputado estadual Zé Teixeira (DEM), e Rodrigo de Souza e Silva, filho do governador Reinaldo Azambuja (PSDB).

Na quarta-feira (12), 220 policiais federais cumpriram 41 mandados de busca e apreensão e 14 mandados de prisão temporária, na capital e em municípios do interior do estado.

A operação

A PF cumpriu mandados de busca e apreensão na casa e no gabinete do governador de Mato Grosso do Sul, Reinaldo Azambuja (PSDB), como parte da Operação Vostok. A operação investiga o suposto pagamento de propina a representantes da cúpula do governo do estado em troca de créditos tributários a empresas.

Um dos filhos do governador, Rodrigo Silva, foi preso. O deputado estadual Zé Teixeira (DEM) e o conselheiro Márcio Monteiro do Tribunal de Contas do Estado também estavam o entre os alvos da ação da PF. Na quarta à tarde, o governador Azambuja esteve na sede da PF e prestou depoimento.

A operação foi autorizada pelo ministro Félix Fischer do Superior Tribunal de Justiça (STJ). Azambuja é alvo de investigações que tramitam sob sigilo no STJ. Em maio do ano passado, em depoimento de delação premiada, Wesley Batista, um dos donos do grupo JBS, disse que a empresa pagou propina para dois ex-governadores de MS, o deputado federal Zeca do PT e André Puccinelli (MDB), e a Reinaldo Azambuja para conseguir incentivos fiscais e, assim, pagar menos impostos.

Corretor de gado, considerado um dos operadores do esquema de propina da JBS em MS, se entrega à PF

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