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domingo, 24 de novembro de 2024

PF cumpre 11 mandados de prisão temporária na 3ª fase da Operação Carne Fraca

05/03/2018 07h01 – Atualizado em 05/03/2018 07h01

PF cumpre 11 mandados de prisão temporária na 3ª fase da Operação Carne Fraca

Nova etapa foi deflagrada na manhã desta segunda-feira (5); ex-diretor-presidente global da BRF é alvo de prisão.

Por Por José Vianna, Thais Kaniak, Alana Fonseca e Camila Bonfim, RPC Curitiba, G1 PR e TV Globo

Polícia Federal (PF) cumpre mandados judiciais da 3ª fase da Operação Carne Fraca, deflagrada na manhã desta segunda-feira (5), sendo 11 de prisão temporária. O alvo desta etapa é a BRF Brasil Foods. Há mandado de prisão expedido contra o ex-diretor-presidente global da BRF, Pedro de Andrade Faria, que saiu do cargo em novembro do ano passado.

Há ainda 27 mandados de condução coercitiva e 53 de busca e apreensão.

Esta nova fase foi batizada de Operação Trapaça. Ao todo, são 91 ordens judiciais no Paraná, em Santa Catarina, no Rio Grande do Sul, em Goiás e em São Paulo.

Conforme a PF, as investigações apontaram que cinco laboratórios credenciados ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e setores de análises de determinado grupo empresarial fraudavam resultados de exames em amostras de processo industrial. Assim, informavam dados fictícios em laudos e planilhas técnicos ao Serviço de Inspeção Federal.

Os investigados podem responder, de acordo com a PF, por crimes como falsidade documental, estelionato qualificado e formação de quadrilha ou bando, além de crimes contra a saúde pública, entre outros.

O objetivo das fraudes era burlar o Serviço de Inspeção Federal (SIF/MAPA) para permitir que o Mapa fiscalizasse a qualidade do processo industrial da empresa investigada.

O G1 enviou um e-mail pra BRF às 7h12 e aguarda um posicionamento sobre o assunto.

A primeira fase da Operação Carne Fraca, lançada em março de 2017, investigou o envolvimento de fiscais do Ministério da Agricultura em um esquema de liberação de licenças e fiscalização irregular de frigoríficos. Cinquenta e nove pessoas viraram rés.

Operação Trapaça
“Trapaça” é uma alusão, conforme a PF, ao sistema de fraudes operadas por um grupo empresarial do ramo alimentício e por laboratórios de análises de alimentos a ele vinculados.

Executivos do grupo empresarial, do corpo técnico e profissionais responsáveis pelo controle de qualidade dos produtos da própria empresa consentiam com as fraudes, segundo a PF.

De acordo com a PF, yambém foi constatado que executivos do grupo fizeram manobras extrajudiciais para acobertar a prática das irregularidades ao longo das invstigações.

Duzentos e setenta policiais federais e 21 auditores fiscais federais gropecuários estão nas ruas cumprindo os mandados desta nova etada da Carne Fraca, de acordo com a PF.

No Paraná, há mandados sendo cumpridos em Curitiba e em Araucária, na Região Metropolitana; em Carambeí, em Castro, em Palmeira, em Ipiranga, em Piraí do Sul e em Ponta Grossa, nos Campos Gerais; em Dois Vizinhos e em Toledo, no oeste; e em Maringá, no norte.

Em Goiás, os mandados são cumpridos em Mineiros e em Rio Verde. No Rio Grande do Sul, em Arroio do Meio. Em Santa Catarina, as cidades com ordens judiciais são Chapecó e Treze Tílias.

Em São Paulo, a PF cumpre mandados em Piracicaba, em Santana do Paranaíba, em Sorocaba, em Vinhedo, em São Paulo e em Porto Feliz.

Os mandados judiciais foram expedidos pelo Juízo Titular da 1ª Vara Federal de Ponta Grossa.

3ª fase da Operação Carne Fraca é deflagrada na manhã desta segunda-feira (5) (Foto: Denilson Beltrame/Arquivo Pessoal)

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