Por Gabriela Couto
As alunas do projeto Comer Bem, Viver Mais estão criando o primeiro livro de receitas gastronômicas indígenas como parte de seu Trabalho de Conclusão de Curso (TCC). A ideia de compilar receitas típicas da cultura indígena veio das próprias participantes, que ao longo do curso, têm aprendido técnicas de culinária para aplicar em suas próprias comunidades e, possivelmente, no mercado de trabalho.
A professora Suzane Vismara, responsável pelas aulas, comenta sobre o engajamento das alunas: “Elas estão muito empolgadas com a ideia do livro. Além de aprenderem as técnicas de cozinha, estão comprometidas em resgatar e valorizar a culinária indígena, algo que será um marco importante para elas,” afirma Suzane.
O projeto Comer Bem, Viver Mais foi criado pela chef Danielle Thomaz, natural de Mato Grosso do Sul, que já realiza um trabalho similar em São Paulo, no projeto Quebrada Alimentada. Em parceria com o Instituto Bia Rabinovich, ela trouxe para sua terra natal a proposta de capacitar mulheres indígenas em situação de vulnerabilidade social, proporcionando acesso à educação gastronômica e fomentando a inclusão social e a autonomia financeira.
A chef Danielle Thomaz explica que a criação do livro de receitas indígenas não é apenas uma forma de resgatar tradições culinárias, mas também uma oportunidade de dar às mulheres as ferramentas para melhorar suas condições de vida. “A proposta do projeto é capacitar essas mulheres, dando a elas o conhecimento necessário para que possam trabalhar ou empreender na área gastronômica, com foco na valorização da cultura indígena,” diz Danielle.
Ao final do curso, as alunas estarão preparadas para atuar no mercado de trabalho ou iniciar seus próprios negócios, levando adiante o conhecimento adquirido e contribuindo para o fortalecimento da cultura indígena.
