Mato Grosso do Sul está em alerta com uma série de eventos hostis à população, que apareceram no noticiário, no último domingo (24) e nesta segunda-feira (25). Isto porque, em Batayporã (distante a 309 quilômetros de Campo Grande) duas ocorrências de vandalismo foram registradas na Rua Jair Abranches Mella, justamente na véspera de fechamento de rodovia do Estado, pelo MST (Movimento Sem Terra). Autoridades buscam conexão entre os fatos, e o deputado federal Marcos Pollon condena as atividades criminosas, bem como avisa que está acompanhando as investigações do cenário de baderna instalado na região.
“Inclusive avisaram que trancariam estradas, como se isso determinasse que não seja uma balbúrdia, e sim uma manifestação apenas. Faz um tempo já, que o Brasil vive um regime de exceção, com diversos ataques ao Estado Democrático de Direito, e quem sofre com isso é o cidadão de bem. Não podemos aceitar que o veículo de uma APAE seja danificado, de forma gratuita, dispositivo comprado com dinheiro público, recurso dos nossos impostos, assim como foi com a porta arrombada em uma escola”, criticou o parlamentar, que é vice-líder do PL na Câmara dos Deputados.
Trecho da BR-262 em novo bloqueio
Na altura do quilômetro n° 492, da Rodovia BR-262, militantes do MST bloquearam a passagem de veículos, desde as 4h30 desta segunda-feira (25). Interdição provocada por uma barreira com pneus em chamas, galhos secos e galhos de árvore, que tem impedido o trânsito de transporte de cargas, famílias e até de ambulâncias. Situação que gerou um congestionamento de 1.500 metros, conforme informações oficiais da Polícia Rodoviária Federal.
“A Polícia Rodoviária Federal (PRF) registra, desde às 5h desta segunda-feira (25), uma interdição total da rodovia devido a manifestações de populares, em Anastácio (MS). No km 492 da BR-262, pessoas do Movimento Sem Terras estão manifestando, interditando totalmente a rodovia. A PRF está no local e negocia com os responsáveis a liberação da rodovia. No momento, há um congestionamento de cerca de 1,5km no sentido decrescente (vindo de Miranda) e de 500 metros no crescente (saindo de Anastácio)”, citou nota da corporação, na mesma manhã.
Exigência é por 50 famílias por semana no cadastro do Incra
Por sua vez, a organização que questiona a reforma agrária no país, reivindica a acomodação no atual Governo Federal, de cinco mil famílias, em projetos de assentamento rural só no Mato Grosso do Sul. Opositor contumaz à gestão Lula, Pollon explica que exigirá providências da Justiça, a essa sequência de protestos que ele identifica como “ações terroristas”.
“Toda hora é isso, há um mês foi na BR-163, com sete horas de bloqueio, e vivemos em um Estado que figura como um dos recordistas nacionais em invasão de terras. Pior que isso, temos ainda a leniência do Executivo e até do Judiciário a essa questão, preocupando consideravelmente o produtor rural e morador de cidades do nosso interior. A grande marca do PT está em não respeitar as pessoas e a propriedade privada”, frisa o deputado que promete entrar com requerimento sobre o problema.