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domingo, 24 de novembro de 2024

Artigo: Fronteira, um Triangulo de Amor, Ódio e Sucesso

23/01/2018 18h08 – Atualizado em 23/01/2018 18h08

Fronteira, um Triangulo de Amor, Ódio e Sucesso

Por Weber Araújo

Segundo relatório do departamento de estado dos Estados Unidos o Brasil é o segundo maior consumidor de cocaína no mundo, aparecendo em diversos relatórios pela falta de controle e fiscalização.

A comissão parlamentar de inquéritos CPI da violência urbana da câmara de deputados apontou que existem hoje 18 pontos como os principais corredores de tráfico de armas e drogas, entre eles 7 estão em Mato Grosso do Sul.

São eles Ponta Porã, Coronel Sapucaia, Bela Vista, Corumbá, Paranhos, Sete Quedas e Mundo Novo. Em Mato Grosso do Sul, além dos rios que fazem a divisa dos países que são de difícil fiscalização, nas outras regiões como Paraguai o grande desafio é em relação as “mulas” referência a pessoas que transportam menores quantidades a pé, em bicicletas; em veículos de passeio em compartimentos secretos ou até mesmo nas roupas em transportes coletivos.

Para que possa se ter uma noção do problema que o Brasil enfrenta é só comparar os EUA com o México, com uma fronteira 3 vezes menor que a nossa e toda inteligência e departamentos específicos no combate ao tráfico, não conseguem barrar a entrada de drogas.

O Brasil começou a esboçar uma reação séria no combate a estes traficantes, como a liberação do abate a aeronaves não identificadas em território nacional pela aeronáutica, diminuindo em muito as rotas antes usadas.

Estratégia Nacional de Segurança nas Fronteiras (ENAFRON), visa integrar as forças de segurança da fronteira junto a um gabinete de inteligência, onde os Centros de Comando e Controle dos Ministérios envolvidos compartilharão as informações necessárias para o desencadeamento das operações nas regiões de fronteira.

Na pratica, hoje nossas fronteiras correspondem a um terço do território nacional sendo que temos para estas regiões pouco mais que 14% de policiais federais. Ficando claro a falta de efetivo para realizar uma fiscalização eficiente.

LADO A

Espaço geográfico e territorial das fronteiras.

O Brasil tem 15.179 km de fronteiras com diversos países da América do Sul, sendo, que as únicas exceções são Chile e Equador. As que causam mais preocupações são as que se tornaram corredores para o tráfico de armas e drogas, usando o Brasil ao mesmo tempo como consumidor e rota de saída destes produtos rumo a outros continentes.

Alguns destes países são:

  • Paraguai que faz divisa com mato grosso do sul e Paraná, cobrindo uma distância de 1.339km de fronteira sendo sua grande maioria com o estado do mato grosso do Sul (1.131km).

  • Colômbia que faz exclusivamente fronteira com o estado da Amazônia com 644km.

  • Bolívia que mais estados tem em sua fronteira sendo eles acre, Rondônia, MT e MS somando 3.126 km.

  • Venezuela divide com Roraima e amazonas seus 1.492 km.

  • Peru com amazonas e acre somando 2.995 km de fronteira.

  • Argentina com estados do paraná santa Catarina e rio grande do Sul com 1.263 km

  • Uruguai com estado do rio grande do Sul com 1.003 km

LADO C – Nosso vizinho de sacoleiro e descaminho a concorrente industrial

Apesar de todos problemas enfrentados pelo país vizinho, de 2010 a 2017 vinha apresentando um crescimento na casa de 5.7% que comparado ao brasil é 5 vezes maior, fazendo com que grandes empresas visualizassem a oportunidade logo aqui ao lado. Aliado claro ao baixo imposto e uma burocracia mínima.

A termos comparativos a carga tributária do Paraguai se fixa em torno de 13% do PIB enquanto aqui no Brasil estava na casa dos 33%, em outra comparação os impostos aqui chegam a 34% enquanto no país vizinho fica na casa dos 11%, sem contar que nossa legislação tributária se torna quase impossível empreender com sucesso, a grande maioria não consegue se manter nos primeiros 12 meses.

Empresas tradicionais brasileiras como estrela que foi fundada em 1937 e Riachuelo fundada em 1951, já estão em solo dos Hermanos, ambas com fabricas na china demorava 20 a 30 dias para ter os produtos em solo nacional com a mudança este prazo chegou a apenas 24hs.

Enquanto isso nossa famosa Zona Franca de Manaus agoniza pela falta de incentivos fiscais tributários e investimentos em inovações que poderiam despertar os interesses de investidores.

O Paraguai por sua vez sempre fazendo bem a lição de casa, deu isenção de impostos para as importações de maquinários, matérias primas e incríveis 1% de imposto de exportação.

Outro atrativo é a energia que antes era vendida em partes ao brasil, agora é usada a menos de 75% do valor cobrado no Brasil, por empresas que produzem e exportam os produtos fazendo que o valor agregado e mais atrativos entrem nos cofres daquele país, lembrando que estamos falando da mesma energia gerada por Itaipu.

O salário é outro fator que impulsiona a levantada brasileira rumo ao Paraguai, apesar de ser maior que o pago no brasil, se torna em média de 30% a 35% mais barato, milagre? Não, encargos trabalhistas mesmo.

Alguns comparam o Paraguai a uma fênix, que renascida das cinzas, conseguiu sobreviver as adversidade e que mesmo sobre uma disputa de poder paralelo, sangrenta consegue mais que sonhar, consegue buscar e realizar o progresso.

Vista das bandeiras na fronteira seca entre Brasil e Paraguai. Foto Divulgação

Artigo: Fronteira, um Triangulo de Amor, Ódio e Sucesso

Artigo: Fronteira, um Triangulo de Amor, Ódio e Sucesso

A Usina Hidrelétrica de Itaipu é uma usina hidrelétrica binacional localizada no Rio Paraná, na fronteira entre o Brasil e o Paraguai.

Nossa Senhora Santa Maria da Assunção, ou simplesmente Assunção é a capital e maior cidade da República do Paraguai

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