A Expocanas 2025 encerrou mais uma edição com números impressionantes e consolidou sua importância para a economia estadual. Realizada entre os dias, 25 a 27 de março, em Nova Alvorada do Sul, a feira atraiu 123 expositores e 15 mil visitantes, entre empresários, produtores, pesquisadores e investidores do setor.
Durante a feira foram apresentados mais de 25 mil metros quadrados de campos tecnológicos e de variedades de cana-de- açúcar, exposição de máquinas, equipamentos, implementos e serviços.
Com um volume de negócios estimado em R$ 80 milhões, a Expocanas reafirmou sua importância como um dos principais eventos do setor sucroenergético, impulsionando investimentos e fortalecendo toda a cadeia produtiva da cana-de-açúcar.
Um dos destaques foi a Rodada de Negócios promovida pelo Sebrae, que reuniu cerca de 70 empresas e movimentou aproximadamente R$ 30 milhões, evidenciando o impacto positivo do evento na economia e na inovação do setor.
De maquinários de última geração a biotecnologia sustentável, cada detalhe da Expocanas 2025 refletiu a força e a grandiosidade do setor sucroalcooleiro. O evento trouxe inovações nos segmentos industrial, comercial, agropecuário, gastronômico, de segurança, meio ambiente, transportes, máquinas e equipamentos, além de um espaço cultural que proporcionou momentos de lazer e entretenimento aos visitantes.
A importância da Expocanas vai além dos números, o evento reafirma a posição do estado como referência na produção sucroenergética, setor responsável por gerar milhares de empregos e movimentar bilhões anualmente.
Autoridades presentes destacaram o papel estratégico da feira no incentivo a novas parcerias e investimentos, contribuindo diretamente para o crescimento da economia local.
Para os organizadores, os resultados obtidos nesta edição são um reflexo do comprometimento do setor com a inovação e o desenvolvimento sustentável.
A Expocanas é um motor de transformação, reunindo os principais players da indústria para impulsionar negócios e fortalecer toda a cadeia produtiva.
Com o sucesso desta edição, a expectativa para a próxima já é alta e será realizada nos dias 25, 26 e 27 de março de 2026.
A organização promete novidades e ainda mais oportunidades de negócios, reafirmando o compromisso de tornar a Expocanas um evento cada vez mais estratégico para o setor sucroenergético e para o estado.
A Expocanas é promovida pela Sulcanas em parceria com a Biosul, Atvos, Adcoagro, Agrícola MV, Agroterenas, Prefeitura Municipal de Nova Alvorada do Sul, Câmara Municipal de Nova Alvorada do Sul, Governo do Estado, Famasul, Senar, Senai/Fiems, Sebrae e Sindicato Rural de Nova Alvorada do Sul.
Nova Alvorada do Sul
A Expocanas 2025 também foi palco de grandes conquistas. Durante o evento, a Atvos recebeu do Governo do Estado a licença de instalação para a construção da primeira fábrica de Biometano, um verdadeiro marco para o desenvolvimento sustentável e a inovação no setor energético.
A nova planta será construída em Nova Alvorada do Sul (MS), onde já está instalada a Unidade Santa Luzia (USL), responsável pela produção de etanol e energia elétrica a partir da biomassa da cana-de-açúcar.
Com um papel de destaque nacional, Nova Alvorada do Sul ocupa a 4ª posição na produção de cana-de-açúcar, etanol e exportação de bioeletricidade, além de ser o 5º maior produtor de açúcar do Brasil.
Esse protagonismo reforça a cidade como um dos maiores polos de cultivo da matéria-prima no país, consolidando sua importância para o agronegócio brasileiro.
Nova fronteira da bioenergia
O investimento de R$ 1 bilhão na usina de etanol de milho permitirá o processamento de 400 mil toneladas de milho por ano, diversificando a matriz produtiva da Atvos, que antes era focada no etanol de cana-de-açúcar. Essa iniciativa fortalece ainda mais Nova Alvorada do Sul como um dos principais polos da bioenergia nacional.
Já a planta de biometano será essencial para o avanço na descarbonização da frota de veículos, oferecendo uma alternativa sustentável ao diesel e outros combustíveis fósseis. “Essa junção de investimentos, tanto no etanol de cana quanto no etanol de milho, é fundamental para posicionar o estado como referência no setor bioenergético”, afirmou Jaime Verruck.
Com esses investimentos, Mato Grosso do Sul passará a contar com cinco usinas de etanol de milho, ampliando sua participação nesse segmento, que já representa 37% da matriz de produção de etanol do estado.
O setor de bioenergia de Mato Grosso do Sul prevê uma produção de etanol próxima a 4,7 bilhões de litros, volume 11% maior em relação ao ciclo atual (2024/2025). Já a produção de açúcar no Estado será de 2,6 milhões de toneladas, alcançando um crescimento de 30% para o ciclo 2025/2026.
Ao comemorar a notícia, o governador Riedel destacou que o investimento anunciado é uma demonstração de confiança.
“Nós temos construído este ambiente que gera confiança aos investidores. A Atvos está presente no Estado e com anúncios importantes que contribuem para o crescimento e desenvolvimento de Mato Grosso do Sul. Quando o acionista resolve colocar recurso em alguma atividade aqui no Estado é porque ele confia e acredita nas pessoas e neste local. E o Mato Grosso do Sul tem construído essa confiança com todas essas instituições e investidores”, frisou o governador.
Para o CEO da Atvos, a bioenergia está moldando o futuro. “No ano passado, anunciamos no evento o nosso primeiro projeto de biometano e reforço nosso compromisso com o desenvolvimento de Mato Grosso do Sul, pois o Estado tem papel fundamental para impulsionar a transição energética no Brasil e no mundo”, complementou o executivo.
De acordo com o presidente da Biosul (Associação dos Produtores de Bioenergia de Mato Grosso do Sul), Amaury Pekelman, as perspectivas para ciclo 2025/2026 são boas, mas o setor tem desafios pela frente como possível aumento de 30% de etanol à gasolina.
O setor de bioenergia de Mato Grosso do Sul registrou produção histórica de 4,2 bilhões de litros de etanol na safra 2024/25, mantendo o estado como quarto maior produtor do País.
O avanço foi impulsionado pelo etanol de milho, que atingiu participação expressiva de 37% no total produzido. Já a produção de açúcar se manteve estável em 2 milhões de toneladas, com ligeiro aumento de 0,1%.
Ainda segundo Pekelman, dois fatores foram determinantes para o ciclo 2024/2025. “A complementariedade do etanol de milho, que trouxe um salto tecnológico e estratégico para a produção do biocombustível. Outro aspecto importante foi a resiliência do setor, que mesmo com a redução na moagem de cana devido a eventos climáticos adversos, manteve sua capacidade produtiva e gerou resultados importantes”, avaliou.
O presidente da Sulcanas (Associação Sul-mato-grossense de Cana), Marcio Verrunes, ressaltou a importância do evento para o setor industrial.
Ainda segundo os organizadores, a expectativa foi superada, recebemos entorno de 15 mil pessoas, e mais de 120 expositores em um espaço de 180 mil metros quadrados, com campos demonstrativos de variedades de cana-de-açúcar, além de outras culturas como milho, soja e sorgo, além de máquinas agrícolas, equipamentos com tecnologia de ponta e produtos inovadores para produtividade e manejo agrícola.
Em 2024, a feira movimentou cerca de R$ 70 milhões em novos negócios e a expectativa dos organizadores é superar esta marca.
O maior evento de bioenergia do Estado é organizado pela Sulcanas, com apoio da Biosul e do Governo do Estado.
Setor sucroenergético
A indústria sucroenergética de Mato Grosso do Sul é formada por 22 unidades em operação. Destas todas produzem etanol hidratado, 12 produzem etanol anidro, 12 produzem açúcar [VHP, cristal ou refinado], todas geram bioeletricidade e 13 exportam o excedente dessa energia para a rede nacional.
