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quinta-feira, 30 de janeiro de 2025

Biosul passa a integrar Comitê Técnico de Biogás e Biometano da AGE/MS

A composição foi publicada no Diário Oficial do Estado nesta quarta-feira (29/01), Portaria nº 287, e reforça a importante participação do setor de Bioenergia na construção de uma economia de baixo carbono com a produção de biocombustíveis, alimento e bioeletricidade a partir de fontes renováveis

Em um movimento estratégico para fortalecer a transição energética e a sustentabilidade no Estado, a Biosul (Associação dos Produtores de Bioenergia de Mato Grosso do Sul) foi oficialmente integrada ao Comitê Técnico de Biogás e Biometano da Agência Estadual de Regulação de Serviços Públicos (AGE/MS). A entidade representa as indústrias produtoras de etanol, açúcar e bioeletricidade a partir da cana e do milho.

A composição foi publicada no Diário Oficial do Estado nesta quarta-feira (29/01), Portaria nº 287, e reforça a importante participação do setor de Bioenergia na construção de uma economia de baixo carbono com a produção de biocombustíveis, alimento e bioeletricidade a partir de fontes renováveis.

Para o presidente da Biosul, Amaury Pekelman, a integração da entidade no comitê representa um passo estratégico para o setor. “A bioenergia tem um papel fundamental na descarbonização da matriz energética e o biogás e o biometano são soluções dentro desse contexto, totalmente alinhadas às políticas públicas do Estado. Com a Biosul nesse espaço de diálogo técnico, contribuiremos com nossa expertise para fortalecer as políticas de incentivo ao uso e regulamentação destes novos produtos que já compõem o portfólio do setor”, destacou. No último ano, a produção de Biometano teve a redução da alíquota de ICMS (Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) de 17% para 1,8%, estímulo importante concedido pelo Governo do Estado para atração de novos investimentos.

Criado pela Portaria nº 274, de 16 de agosto de 2024, o Comitê Técnico de Biogás e Biometano tem um papel essencial na formulação  e direcionamento de políticas voltadas ao desenvolvimento desses biocombustíveis no Estado.

A missão do colegiado é acompanhar a evolução do mercado de biogás e biometano, além de desenvolver estratégias para a regulamentação da produção, distribuição e comercialização desses biocombustíveis, bem como a promoção de incentivos que viabilizem a adoção dessas tecnologias pelo setor produtivo.

Atualmente, o grupo é coordenado pela Diretoria de Gás, Energia e Mineração da AGE/MS e conta com a participação da Associação Brasileira do Biogás (ABIOGAS), Grupo Energisa, Federação das Indústrias do Estado de Mato Grosso do Sul (FIEMS), Instituto do Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul (IMASUL), Companhia de Gás de Mato Grosso do Sul (MSGÁS) e Secretarias de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (SEMADESC) e da Fazenda (SEFAZ).

Biogás e Biometano a partir da cana

O setor de Bioenergia foi um dos pioneiros no desenvolvimento para produção de Biogás e Biometano em Mato Grosso do Sul. O primeiro projeto foi desenvolvido pela Adecoagro, uma das associadas da Biosul, na unidade de Ivinhema (MS).

Desde 2010, a empresa passou a produzir Biogás e Biometano a partir da vinhaça concentrada, resíduo do processamento da cana-de-açúcar. Com o avanço da produção, a Adecoagro passou a gerar energia a partir do biogás e a substituir gradualmente o abastecimento da sua frota por biometano, antes movidos por diesel. No último ano, a empresa anunciou investimento de R$ 225 milhões para a ampliação do projeto.

Além de reduzir a dependência de combustíveis fósseis, a produção de Biogás e Biometano contribui para a sustentabilidade ambiental da empresa e melhora da classificação no programa RenovaBio, permitindo a emissão de Créditos de Descarbonização (CBios) e maior capacidade de evitar emissões de CO2 durante o processo de produção.

Em 2024, a Atvos, também associada à Biosul, anunciou a construção de sua primeira unidade de produção de biometano a partir de resíduos da cana-de-açúcar, como vinhaça e torta de filtro. Localizada em Nova Alvorada do Sul (MS), o projeto será executado na Unidade Santa Luzia com investimento inicial de R$ 350 milhões.

Investimentos que incorporam novos produtos para o setor de Bioenergia com a diversificação dentro da mesma cadeia e sem a necessidade de aumento de área plantada, além dos ganhos socioeconômicos para o Estado com a abertura de novas oportunidades de emprego.

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