A colheita da safra 2024/25 de soja já teve início nos três estados do Centro-Oeste, além do Paraná e de áreas irrigadas na Bahia e em Minas Gerais. De acordo com levantamento recente, até quinta-feira (09), 0,3% da área estimada para o Brasil foi colhida, contra 2,3% no mesmo período do ano passado. Em Mato Grosso do Sul e no Sul do país, a principal preocupação é a falta de chuvas.
Em Mato Grosso, a preocupação é o excesso de chuvas. Apesar do grande potencial da safra do estado e da ausência de queixas quanto à qualidade dos grãos, a umidade do solo tem dificultado a entrada das máquinas no campo.
Já no Sul do país e no sul de Mato Grosso do Sul, a escassez de chuvas regulares e o calor excessivo têm pressionado as lavouras, principalmente nas áreas onde a soja está se enchendo de grãos.
Em dezembro, a previsão para a produção brasileira de soja na safra 2024/25 era recorde, com 171,5 milhões de toneladas. No entanto, essa estimativa está sendo revista, e um novo número será divulgado ainda em janeiro.
Milho
Quanto à colheita da primeira safra de milho 2024/25 (milho verão), até quinta-feira (09), 1,3% da área cultivada no Centro-Sul do Brasil foi colhida, contra 5,1% no mesmo período do ano passado, segundo levantamento.
Como de costume, nesta época, os trabalhos estão concentrados no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina, que possuem um calendário mais antecipado.
Safrinha
Com a colheita da soja 2024/25 ainda lenta, o plantio do milho safrinha 2025 está restrito a algumas áreas irrigadas em Mato Grosso e Goiás. O padrão de chuvas frequentes e a prioridade no plantio da safrinha de algodão têm atrasado os trabalhos com o cereal, que ainda não registram percentuais significativos.
No Paraná e no sul de Mato Grosso do Sul, alguns talhões de sequeiro estão sendo semeados, mas também sem grandes avanços.
A AgRural, empresa responsável pelo levantamento, estima a produção total de milho na safra 2024/25 em 121,3 milhões de toneladas. O número passará por revisão mensal na segunda quinzena de janeiro.