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sábado, 23 de novembro de 2024

Manifestação fecha 5 quarteirões na área central e termina na Ary Coelho

14/06/2019 14h14 – Atualizado em 14/06/2019 14h14

Manifestação fecha 5 quarteirões na área central e termina na Ary Coelho

Polícia Militar estima 4 mil manifestantes, já a organização fala em 15 mil na Capital

Por Leonardo Rocha e Ronie Cruz – Campo Grande News

A manifestação contra a reforma da previdência organizada por sindicatos e movimentos sindicais ocupou cinco quarteirões nas principais ruas do centro de Campo Grande, terminando na Praça Ary Coelho. A organização contabilizou com 15 mil pessoas, mas a estimativa da Polícia Militar é de que 4 mil participaram do ato.

O protesto teve concentração na Praça do Rádio Clube, área central da cidade, depois seguiu pela Avenida Afonso Pena, fechando o trecho no sentido shopping/centro, no sentido oposto a via ficou liberada. A Agetran (Agência Municipal de Transporte e Trânsito) acompanhou todo percurso e não registrou confusões.

O grupo que contou com dois trios elétricos seguiu pelas Ruas Rui Barbosa, 13 de Maio, até chegar a Praça Ary Coelho, onde será feito um ato de encerramento. Além de ser contra a reforma (previdência), ainda se pede um programa de geração de empregos, assim como não ter cortes na área de educação.

De acordo com a organização, o movimento teve a adesão de 170 entidades que representam 80 categorias. Além de sindicatos, participaram estudantes, professores, assim como movimentos sociais, como integrantes do MST (Movimento Sem Terra), FETAGRI (Federação dos Trabalhadores na Agricultura do MS), lideranças indígenas e trabalhadores rurais.

O presidente da Fetems (Federação dos Trabalhadores em Educação de MS), Jaime Teixeira, disse que a mobilização nacional teve adesão de mais de 90% dos profissionais da educação em Mato Grosso do Sul. O movimento foi favorecido pelo ponto facultativo nesta sexta-feira na Capital, que fechou tanto escolas municipais como estaduais.

Participantes – O indígena Joilson Leite Torres, de 40 anos, disse que participa do protesto em favor de avanços e não retrocesso da educação. “A educação não é mercadoria, é a base por isso abraçamos a causa”.

Ele também defende uma abertura de diálogo do governo federal para defender a demarcação de terras. “Imagina se tirar os direitos que temos, porque mesmo assim já sofremos?”, questionou.

O antropólogo Winny Santana, 22, ponderou que a manifestação é pelo futuro das universidades, que segundo ele, não pode passar por desmonte. “Temos que lutar, pois um País não avança sem educação, além disto a reforma (previdência) afeta mais os pobres”.

A aposentada Iranilde Alves Rocha, 46, explicou porque seguiu até a mobilização. “Eu estou aqui na luta porque tenho de por meu filho na faculdade”, lembrando que já foi inspetora de alunos antes de se aposentar e sempre defendeu a educação.

Protesto contra reforma na Avenida Afonso Pena (Foto: Marina Pacheco)

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