09/05/2018 17h31 – Atualizado em 09/05/2018 17h31
Após 5 anos, município de MS volta a escoar soja pelo Rio Paraguai
Embarque está sendo realizado por empresa particular. São ao todo 35 mil toneladas que serão escoadas pelos rios Paraguai e Paraná, até a Argentina.
Por Cleto Kipper, TV Morena
O primeiro embarque de soja deste ano em Ladário, a 410 km de Campo Grande, ocorreu nesta quarta-feira (9) e também marca a retomada do escoamento de grãos pelo rio Paraguai, na fronteira do Brasil com a Bolívia. Segundo a administração do porto de cereais da cidade, o escoamento ficou parado por 5 anos por falta de produto e logística, já que a ferrovia tinha parado de transportar da zona de produção até o município.
O embarque está sendo realizado no terminal da Granel Química Ltda. São ao todo 35 mil toneladas, divididas em 16 barcaças, que serão escoadas pelos rios Paraguai e Paraná, até a cidade de Rosário na Argentina. De acordo com o gerente do porto particular, Luiz Dresh, a expectativa é boa, “Estimamos exportar via Granel Ladário um total de 500 mil toneladas, em 2018”.
Incentivo
No último dia 19 de abril, por meio de um decreto publicado no Diário Oficial do Estado (DOE-MS), municípios da fronteira sul-mato-grossense passaram a ficar livre da chamada Lei da Equivalência. O governo criou uma zona especial de exportação de commodity, dando incentivo para produtores exportarem pelos portos do estado. Porto Murtinho já está em plena operação e agora foi a vez de Ladário.
A retomada deve impulsionar o escoamento pela hidrovia do Paraguai rumo ao pacifico, principalmente pelas cidades de Porto Murtinho, Corumbá e Ladário, além das exportações por Ponta Porã. De acordo com o decreto, 5% do volume de grão embarcado em Ponta Porã fica isento da contrapartida da lei da equivalência, já Porto Murtinho ou Ladário, o beneficio é de 7,5%.