06/12/2017 08h35 – Atualizado em 06/12/2017 08h35
A maior vitória contra o socialismo desde a queda do Muro de Berlim
Por Alexandre Borges
Se numa guerra a primeira vítima é a verdade, a atual blitzkrieg da imprensa contra o corte de impostos aprovado pelo senado americano tem como alvo a própria essência do liberalismo e do livre mercado. Numa época menos surrealista, haveria Carnaval antecipado nas ruas das principais cidades do Ocidente.
A militância das redações tem espalhado dois mitos ideológicos socialistas sobre as medidas: cortar impostos serve para “beneficiar os ricos” e que haverá “queda de arrecadação e aumento do déficit”, ignorando o aumento de arrecadação proveniente das próprias medidas.
As duas afirmações não têm qualquer base nos fatos, na história e na teoria econômica liberal, mas nada que impeça os arautos do fim do mundo de usarem seus megafones para tentar espalhar o caos e socializar o pânico que eles mesmos estão sentindo. Só os estatistas, intervencionistas e inflacionistas têm motivos para desespero com a eminência de uma América de volta às origens e pronta para retomar o crescimento.
Da última vez que a América promoveu um pacotão de corte de impostos desta magnitude, implementado por Ronald Reagan ainda no seu primeiro ano de governo, a maior superpotência do mundo iniciou um período inédito de 25 anos de prosperidade. Uma época fascinante de inovações tecnológicas se disparou a revolução dos computadores pessoais, seguido dos celulares e da internet, e a URSS acabou. Nunca subestime o que uma América em crescimento pode fazer pelo mundo.
O primeiro pacote importante de corte de impostos da América ocorreu durante os anos 20 do século passado, iniciado no governo Warren G. Harding e seguido por Calvin Coolidge, ídolo de Reagan e de qualquer liberal que se preze. A política econômica destes dois presidentes republicanos foi a responsável pelos “loucos anos 20”, pela universalização da eletricidade e do saneamento nas casas dos americanos, a popularização do automóvel, da geladeira, do rádio, do estilo de vida urbano moderno e da consolidação do país como a maior potência mundial.
A prosperidade de 1920 a 1928 foi interrompida abruptamente pelas barbeiragens do progressista Herbert Hoover, um intervencionista típico que aumentou impostos e tarifas alfandegárias iniciando uma série inédita de medidas estatizantes para combater as causas da queda da Bolsa de NY em 1929. Como sempre acontece, acabou jogando ainda mais combustível na crise e transformando uma marola num tsunami. A entrada de Franklin Roosevelt em 1932, com seu famigerado New Deal inspirado na política econômica da Itália fascista, foi o tiro de misericórdia na economia que levou à Grande Depressão e, no limite, à Segunda Guerra Mundial.
Outro presidente que promoveu um corte significativo de impostos foi John Kennedy. Assim como Hebert Hoover foi um republicano que agiu como democrata, JFK era um democrata que, economicamente, sempre esteve mais alinhado com o pensamento tradicional republicano e liberal clássico. O jovem presidente cortou a mais alta alíquota de mais de 90% para 70% e as receitas governamentais aumentaram 33% nos anos seguintes.
Nunca subestime o que uma América em crescimento pode fazer pelo mundo.
A década de 70, uma das mais conturbadas politicamente na América por conta da renúncia de Richard Nixon, deixando o país no controle dos democratas e do obtuso Jimmy Carter, jogou a economia numa espiral de decadência com inflação de dois dígitos, desemprego e baixo crescimento. O desastre foi batizado de “estagflação”, uma combinação perversa de estagnação com inflação que desmoralizou os tradicionais manuais keynesianos e que os brasileiros conhecem bem pela “Nova Matriz Econômica” do lulismo que levou aos mesmos resultados.
Ao assumir em 1981, Ronald Reagan disse com toda clareza ao mundo que o governo não daria a resposta para a crise, pelo contrário, ele era o causador da crise. Os resultados foram dos mais impressionantes que se tem notícia, não apenas em crescimento econômico mas também em arrecadação de impostos, valor de dobrou durante a década mágica comandada pelo último grande estadista do planeta.
Não há dúvidas de que corte de impostos leva a mais desenvolvimento, empregos e arrecadação, beneficiando a todos, com exceção dos vampiros de sempre que se alimentam sugando o sangue dos contribuintes. Como se não bastasse, o total de impostos pagos pelos “ricos”, outro mito espalhado pela imprensa engajada, também aumenta consideravelmente, o que não é mera questão de opinião como os números provam.
No corte promovido pelos governos Harding e Coolidge, a parcela de impostos paga pelos mais ricos do país (renda anual acima de US$ 50 mil na época) aumentou de 44,2% para 78,4%. Menos impostos, mais investimentos e mais formalização, menos incentivo para driblar o fisco, um privilégio de quem tem os melhores advogados e contadores.
Durante a vigência das medidas liberalizantes de JFK (1963-1966), a arrecadação de impostos dos mais ricos aumentou nada menos que 57% enquanto a parte dos mais pobres no bolo caiu 11%. A fatia paga pelos ricos no total arrecadado passou de 11,6% para 15,1% no período. Alíquotas menores, maior a fatia dos ricos, o que em parte explica a aversão de parte da grande imprensa às medidas.
Como não poderia deixar de ser, durante o governo Reagan o total de impostos pagos pelos 10% mais ricos pulou de 48% (1981) para 57,2% (1988). Se você olhar para a tão falada faixa dos 1% mais ricos, o aumento foi ainda mais impressionante: de 17,6% (1981) para 27,5% (1988) no total arrecadado. Mais uma vez, menores alíquotas levaram a uma maior participação dos ricos na arrecadação.
Trump criou as condições para um novo ciclo de crescimento, investimento e prosperidade na maior economia do mundo, o que leva a mais qualidade de vida, desenvolvimento humano, oportunidades e empregos para todos. É isso que a imprensa deveria estar comemorando, em vez de perder o sono junto com os socialistas e estatistas de todos os lados.