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domingo, 24 de novembro de 2024

Justiça persegue juízes por protestar contra o impeachment mas esquece os que foram a favor

04/11/2017 13h25 – Atualizado em 04/11/2017 13h25

Justiça persegue juízes por protestar contra o impeachment mas esquece os que foram a favor

Quatro magistrados do Rio de Janeiro são alvo de ação do CNJ. Relator do caso, João Noronha, ofereceu jantar a Temer, Aécio e Serra

Por AFONSO BENITES

Um ano e dois meses após a destituição de Dilma Rousseff (PT), o impeachment da presidenta eleita em 2014 chega a um tribunal e reforça a queda de braço político que atinge boa parte das instituições brasileiras.

O foco, entretanto, não é a legalidade do processo que a apeou do poder. E, sim, se quatro juízes estaduais do Rio de Janeiro cometeram irregularidades ao participarem de uma manifestação contrária ao impeachment.

É o primeiro caso envolvendo magistrados que estiveram em protestos em que a crise política era o foco. Até agora, o Conselho Nacional de Justiça não abriu nenhum procedimento contra juízes que se manifestaram a favor da destituição de Rousseff, apesar de vários deles terem ido e discursado em atos com esse intuito.

No último dia 24, por unanimidade, os conselheiros do CNJ autorizaram a abertura de um procedimento administrativo contra os magistrados André Nicolitt, Simone Nacif, Cristina Cordeiro e Rubens Casara. Os quatro discursaram em um protesto, em abril, na praia de Copacabana, no qual o impeachment de Rousseff foi chamado de golpe. O ato, foi promovido pelo Movimento Funk 2000. A partir de agora os magistrados são formalmente investigados. Não há data para o julgamento deste caso ser pautado pelo CNJ. Até lá, eles seguem trabalhando normalmente.

O corregedor nacional de Justiça, João Otávio de Noronha. Foto: LUIZ SILVEIRA AG. CNJ

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