14/12/2016 11h55 – Atualizado em 14/12/2016 11h55
Deputado Junior Mochi PMDB é reeleito presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul
Por Leandro Medina
Na manhã destrela quarta-feira (14) foi reeleito presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul pelos próximos dois anos, em unanimidade e sem concorrente, Júnior Mochi (PMDB).
Segundo Mochi, estão nos planos para o próximo biênio tornar todos os sistemas da Casa informatizados, além de liberar o sinal da TV Assembleia para a televisão aberta, permitindo assim que a população acompanhe as votações.
Em 2017 estarão na pauta da Assembleia discussões importantes, como a reforma da previdência estadual, controle dos gastos públicos e o fundo de estabilidade fiscal, quando o Estado terá que criar mecanismos de garantir condições de atender financiamentos vindos do governo federal. Votações que o parlamentar considera “polêmicas”.
Considerado o mais importante dos projetos, o fundo de estabilidade fiscal a ser votado garante a devolução de 10% dos lucros ao governo estadual das empresas que receberam incentivos fiscais. “Esse fundo deve gerar até R$ 20 milhões por ano”, disse Mochi.
Como foi a votação
A mesa diretora da Assembleia terá a seguinte formação: Junior Mochi (PMDB), presidente; Zé Teixeira (DEM), 1º secretário; Onevan de Matos (PSDB), 1º vice-presidente; Grazielle Machado (PR); Amarildo Cruz (PT), 2º secretário; Mara Caseiro (PSDB), 3ª vice-presidente e Felipe Orro (PSDB), 3º secretário.
A aclamação da chapa atrasou quase uma hora e só se encerrou por volta das 11h após discussões entre os deputados. Na primeira delas, cogitou-se trocar o 1º vice-presidente, mas Onevan de Matos acabou mantido.
Depois foi a vez da bancada do PT debater o fato do PSDB ter três postos na mesa diretiva, já que o acordo para apoiar Mochi previa apenas um posto.
Por último, foi a vez de Lídio Lopes (PEN) contestar a chapa única e ameaçar se lançar candidato a presidente, mas mudou de idéia após receber a promessa de que integrará alguma comissão a partir de 2017.
Para Mochi, contaram a favor da sua reeleição projetos já realizados, como a aposentadoria incentivada que renovou o quadro em quase cem funcionários, a realização do primeiro concurso público da casa e o início da adoção do ponto eletrônico. A eleição com chapa única também é vista de forma positiva. “Houve um acordo entre as bancadas para que não houvessem disputas políticas”, diz.
Deputado Junior Mochi – PMDB
Advogado, casado e pai de dois filhos, Oswaldo Mochi Junior, conhecido como Junior Mochi, 49 anos, foi eleito para o primeiro mandato de deputado estadual de Mato Grosso do Sul com 25.691 votos, em 2006. Já em 2010, o peemedebista foi reeleito com 31.880 votos.
Natural de Itápolis (SP), ele começou a atividade política como presidente da Juventude do PMDB no município de Fátima do Sul. Foi funcionário concursado do Banco do Brasil e da comarca do Tribunal de Justiça naquela cidade.
Junior Mochi também foi prefeito de Coxim, município com 33 mil habitantes, por dois mandatos consecutivos, entre 1996 e 2004. Na época, foi diretor-tesoureiro da Associação dos Municípios de Mato Grosso do Sul. No Diretório Regional do PMDB no Estado, ele ocupa o cargo de vice-presidente.
Atualmente, na Assembleia Legislativa, o parlamentar é líder do Governo e membro das comissões de Constituição, Justiça e Redação; Agricultura, Pecuária e Políticas Rural, Agrária e Pesqueira; Serviço Público e Administração; Controle de Eficácia Legislativa; Defesa dos Direitos do Consumidor; Educação, Cultura, Desporto, Ciência e Tecnologia; e Turismo Indústria e Comércio, e nas duas últimas, atua como presidente.
Ele faz parte das Frentes Parlamentares de Apoio ao Agronegócio e ao Cooperativismo, à Pessoa com Deficiência, à Indústria, aos Direitos da Pessoa Idosa, aos Direitos da Criança e do Adolescente; em Defesa do Municipalismo e de Valorização da Educação Física, Esporte, Lazer e Saúde.
Possui foco na gestão pública de excelência para beneficiar a população, como, por exemplo, a lei de isenção de taxas para uso de banheiros públicos, e a lei que institui o Programa Ver e Ouvir para Aprender; nas escolas da rede pública estadual.
Cabe também enfatizar a importância do projeto de lei complementar sobre a distribuição de ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) no Estado, também de autoria dele, que, se aprovado, beneficiará mais de 60 municípios em Mato Grosso do Sul.