16/11/2016 16h29 – Atualizado em 16/11/2016 16h29
Índices de adolescentes envolvido em tráfico de drogas cresce em Nova Alvorada do Sul
Por Leandro Medina e Tainan Gama
Conforme levantamentos realizados pela nossa equipe, juntamente com as Polícias Militar e Civil de Nova Alvorada do Sul, o crescimento da violência no município, voltou a crescer em 2016 paralelo a esse aumento, surge uma grande preocupação, devido a quantidade de menores envolvidos.
Ao logo desde ano foram 31 ocorrências de tráfico de drogas, das quais 8 são de autorias não identificadas, nas 23 restantes foram aprendidos 11 adolescentes e 29 pessoas presas com 18 anos ou mais, destas 29 pessoas, 17 pessoas possuem entre 18 e 20 anos. Entre os dados contabilizados nas ocorrências de tráfico que ocorreram na cidade, assim como as que teriam outros municípios como destino, 14 apreensões foram realizadas em locais de venda de drogas, ditas “boca de fumo”, onde deste número 6 possuíam presença de menores. São 9 adolescentes envolvidos com a comercialização de drogas, contra 16 maiores de idade, presos pelo mesmo crime, sendo que, desses 16 presos, 11 deles possuem entre 18 e 20 anos.
Levando a crer que o problema vai além do que podemos descrever, podendo ser dito com uma “Falha na Política de Prevenção”, devido à complexidade com que se encontra os jovens e adolescentes do município. A violência praticada por um menor é se não fruto de diversos acontecimentos na sociedade onde ele está inserido. O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) prevê, dentre outras coisas, que é dever da família e da sociedade como um todo garantir, com absoluta prioridade, a efetivação dos direitos, tais como à saúde, à alimentação, à educação, ao esporte, ao lazer, à profissionalização e à cultura, dentre outros importantes setores para o desenvolvimento das crianças e dos adolescentes. Porém, percebe-se uma inversão de valores, no que concerne à garantia de direitos. Há de se questionar o motivo pelo qual, neste momento, discute-se a redução da maioridade penal e não se discute a efetivação dos direitos fundamentais. Não há uma reflexão sobre os motivos pelos quais chegou-se ao aumento da violência cometida pelos adolescentes, tampouco, qual a trajetória de vida destes. Onde a política de prevenção falhou? Qual foi o papel da escola, da saúde neste contexto? Faz se necessário, então, efetivar direitos garantidos no ECA e que são importantes para mudar o cenário atual”, adverte a psicóloga e especialista em práticas socioeducativas, Shirley Rodrigues Gonçalves, que também toma a defesa das ações preventivas, com o intuito de inibir a entrada dos jovens no mundo do crime.